A casa


Andar por algumas ruas de Bragança-PA, minha cidade natal, é trazer pro presente um passado que ficou guardando dentro de mim.

É encontrar coisas que me levam àquele tempo bonito de minha infância. Um tempo que de vez em quando vem à tona na minha memoria como um arquivo de coisas e lugares que guardo. Um exemplo disso é esta casa da foto...

Cheguei a frequenta-la quando era criança, pois nela moravam um casal de tios meus. Hoje está em ruínas e bandonada, mas ainda está firme e de pé.

Localizada na rua atrás do velho cemitério da cidade, ela insiste em permanecer e vencer o tempo que vai passando. Quase foi possível ouvir e rememorar cada cena e som ali vívido.

Ao passar em frente à esta velha casa, um filme passou em minha memória.
Fui capaz de nitidamente escutar os passos lentos de meu tio, assim como sua voz pesada e enrolada por conta de uma doença que lhe tirou parte de sua mobilidade.

Fui capaz de escutar meus e sentir o cheiro daquela época, do café quentinho que minha tia fazia nas tardes em que eu os visitava. Cada parte daquela casa, até mesmo o quintal, onde eu brincava e corria.

Que Tempo bonito. Sentimento bom o da saudade e da recordação. Tempo que não passou, mas que dentro de mim ficou guardado. O tempo vai se encarregando de organizar dentro da memória cada arquivo. Mesmo uns trazendo boas lembranças e outros nem tantos assim...assim, de coisas boas e outras não, vai se fazendo a vida.


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