A crônica do Cartório, registro de vida e morte.



Esses dias precisei ir até um cartório para retirar uma segunda via de minha Certidão de Nascimento.
Enquanto eu aguardava a emissão do documento, comecei a olhar em minha volta todos aqueles grandes e velhos livros contendo registros de vida e morte que ali estão.

Uns bem já antigos e amarelados pelo tempo e pela umidade, que até parecem velhos pergaminhos. Comecei a refletir sobre aquele lugar e sobre aqueles livros de registros.

Certamente ali em cada livro daquele lugar, estão estórias de vidas e de pessoas, umas que ainda vivem, outras não mais. Percebi o quanto a vida é passageira, efêmera e num simples estalar de dedos, ela termina. Ficam apenas lembranças (registros).

Quantas vidas foram registradas naqueles livros, alegrias de pais ao registrar a chegada de seus filhos ou até mesmo a alegria de registro de filhos adotados no coração. Eu mesmo fui registrado neste mesmo cartório por meu pai, e alguns anos depois, eu viria registrar minha própria filha.

Mas também tem o outro lado. Quantas perdas, mortes e tristezas também ficaram registradas ali naquele cartório, pois trata-se de um local de registro de nascimento e morte.

Certamente aquele cartório segue sua rotina de registrar a morte e a vida. Livros e livros serão utilizados para marcar a vida, a alegria e a dor...

A vida é assim, um grande cartório, onde registramos momentos bons e ruins, alegria e dor...
É preciso registrar tudo pois é isso que nos faz pessoas, as experiências que vivemos e trazemos desse grande cartório que é a vida.

(Dedico está crônica, à memória de meu pai)

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